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Pesquisadores brasileiros descobrem um novo caminho para tentar parar a Doença de Alzheimer
- 23 de junho de 2017
- Posted by: Alzheimer360
- Category: Estudos
O número de pessoas diagnosticadas com Alzheimer têm crescido muito nos últimos anos! Com o aumento da expectativa de vida e do entranhamento na sociedade de diversos fatores que ajudam a desenvolver o Alzheimer essa doença tem crescido muito.
Ao mesmo tempo, a busca pela cura, tratamentos e conhecimento sobre essa doença tem crescido muito também! E, uma dos grandes avanços nas pesquisas sobre o Alzheimer mais recentes vem daqui mesmo, do Brasil! Para sermos mais exatos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O que foi descoberto?
Basicamente, os pesquisadores da UFRJ descobriram uma forma de parar as perdas das funções do cérebro em animais, causadas pelo Alzheimer!
Os cientistas conseguiram restabelecer a comunicação dos sinais nervosos interrompida e, através disso, recuperar a memória pode ser algo possível!
Apesar de não ser uma cura ainda, os pesquisadores descobriram uma estratégia para conter o avanço do Alzheimer.
Essa descoberta saiu em uma das principais revistas científicas do mundo, a “Journal of Neuroscience”!
O estudo
A pesquisa foi financiada pelo Capes, CNPq e Faperj, e foi realizada em animais, ainda não foi testado em humanos.
Ao contrário do que a maioria das pessoas possam pensar, o foco da pesquisa não foram os neurônios, mas os astrócitos, um tipo importante de célula do cérebro.
Sem os astrócitos, as chamadas “mensagens químicas” que o cérebro envia ao organismo para comandar nosso corpo simplesmente não são enviadas.
Por exemplo, sabemos que no Alzheimer as capacidades cognitivas, de raciocínio e tomadas de decisão vão sendo roubadas da pessoa. Isso acontece porque as “mensagens químicas” vão sendo destruídas por uma substância inflamatória chamada de oligômeros ab.
A grande sacada dos pesquisadores da UFRJ foi descobrir que os oligômeros atacam os astrócitos, deixando-os com defeitos.
Como resultado disso, os astrócitos param de produzir uma substância chave na comunicação nervosa, a substância TGF-b1. Ela é tão importante que, sem ela, a comunicação do cérebro entra em colapso.
Durante o estudo os pesquisadores perceberam que nos camundongos que serviam como modelo para o doente com Alzheimer, os níveis de TGF-b1 eram extremamente baixos.
Como o TGF-b1 é uma molécula já conhecida, os pesquisadores a sintetizaram e quando deram aos camundongos que servem como modelo para o Alzheimer a memória deles simplesmente voltou!
Os ratinhos não apresentaram mais nenhum sintoma e as funções do cérebro foram restauradas!
Incrível, né?!
A descoberta também ajuda no diagnóstico
Um outro lado excelente desse estudo é a possibilidade de usá-lo para ajudar no diagnóstico.
Afinal, o nível de TGF-b1 pode ser um biomarcador da doença no organismo. Concentrações baixas de TGF-b1 podem indicar que o organismo da pessoa está passando por aquela inflamação associada ao Alzheimer.
O melhor? A inflamação ocorre antes do aparecimento dos sintomas, ou seja, antes mesmo dos primeiros sintomas a pessoa já poderá saber se está passando por essa inflamação.
É bom ressaltar que, por mais que a descoberta seja muito promissora, ainda não há um prazo para que esses resultados sejam aplicados na sociedade, na vida direta das pessoas com Alzheimer. Esse resultado é fruto do desenvolvimento da ciência totalmente nacional, e vale salientar que a falta de verba para investimentos na ciência no Brasil é um ponto que dificulta os próximos passos.
É muito positivo que novas possibilidades estejam aparecendo para compreender essa doença e caminhando para uma possível cura. O importante é que a sociedade esteja bem informada tanto em relação a doença em si, quanto em relação a evolução da ciência nesse sentido. Informação de qualidade, selecionada e confiável é fundamental para que a população entenda melhor a doença e saiba lidar melhor com ela. Para os cuidadores essa regra é básica. Estar bem informado é a base do cuidado. Nessa missão, a Plataforma de Ensino Online do Alzheimer360 vai ajudar (e muito)! Na plataforma, os cuidadores e familiares terão acesso às melhores informações sobre o Alzheimer, por grandes profissionais da área. Clique no link e faça parte!
que tenham sucesso
A esperança é a ultima que jorre.
A esperança é a ultima que morre.
A doença avança mais rápido que as pesquisas. Essa doença leva embora a alegria dos momentos inesquecíveis.
Mais uma pesquisa que renova a esperança de encontrar um bloqueio antes de a pessoa ter essa triste doença. E também cura para aqueles que já estão acometidos. Estou extremamente ansioso para a pesquisa tenha exito. Pois sou acompanhante e cuidador de uma pessoa que a nove anos não reconhece seus filhos muito menos lembra dos nomes.
Como essa notícia é de 2017 já se passaram 3 anos. Talvez já poderiam informar se essa pesquise foi adiante e tem resultados animadores!!