Blog
O poder da música: Saiba como a musicoterapia pode ajudar as pessoas com Alzheimer
- 19 de julho de 2017
- Posted by: Alzheimer360
- Category: Arte e Cultura Dicas e Cuidados Prevenção e Tratamento
Você já ouviu alguém falar que “a música é a linguagem da emoção” e que faz bem para o corpo e para a alma?
Parece papo de poeta, mas acreditem, é verdade e existe até um tipo específico de terapia baseada exclusivamente no poder da música, muito usado em pessoas com Alzheimer: a musicoterapia.
O profissional de musicoterapia trabalha a parte física, social e emocional do doente usando a música como ferramenta. Tanto em adultos, como em idosos e crianças a musicoterapia promove o bem estar, pode melhorar a memória, comunicação e até aliviar dores!
A música e sua ligação emocional com o ser humano
Se você parar para pensar, na maioria dos casos, o contato mais antigo que temos com a música é da mãe acalentando o bebê. Em muitos casos, a mãe grávida coloca músicas para acalmar o bebê. Ou seja, a música se insere em nossas vidas praticamente desde o útero.
A ligação emocional entre música e o ser humano tem explicações biológicas. A região do cérebro responsável pela música fica muito próxima a área das emoções, contribuindo para tornar tão forte essa associação entre a música e a nossa emoção, considerada a “linguagem da emoção”, uma linguagem universal.
Os benefícios da música no indivíduo são inúmeros! A música pode ter, dentre muitos benefícios, os seguintes:
●Reduzir o estresse;
●Melhorar a memória;
●Melhorar a capacidade de comunicação;
●Melhorar o sistema imunológico;
●Reduzir a ansiedade;
●Atenuar temperamentos agressivos
Como usá-la da maneira mais eficaz?
Segundo algumas pesquisas, a música clássica é um tipo de terapia muito indicado para a maioria das recuperações de diversos doentes, com a ressalva: não pode ser muito lenta, nem muito empolgante, e a pessoa tem que gostar da música.
Existem, inclusive, relatos de pacientes com câncer que afirmam que se sentem mais relaxados quando escutam uma música que gostam e puderam até diminuir a quantidade de analgésicos tomadas. Isso ocorre porque ouvir músicas que gostamos muito aumenta a nossa produção de endorfina, e por isso a musicoterapia pode ser indicada para pessoas com dores crônicas.
Mas, atenção!
Sim, existem contraindicações! Por exemplo, pessoas que tem epilepsia não são aconselhadas a escutarem músicas com batidas muito fortes, altas e outros tipos diversos de sons. Por isso, o ideal é que a musicoterapia seja feita por um bom profissional da área.
Música e Alzheimer
A musicoterapia trabalha a parte emocional e estimula a pessoa com Alzheimer tanto em relação às memórias quanto do ponto de vista motor.
Um estudo alemão realizado pelo Instituto Max Plank de Neurociência concluiu que a música pode afetar pacientes com problemas na saúde mental em diversas formas. As memórias musicais são armazenadas no cérebro em uma parte diferente do resto das memórias.
A técnica dá tão certo que já existem várias instituições que buscam musicoterapeutas para fazer intervenções nos idosos com Alzheimer!
A principal orientação para introduzir músicas na rotina da pessoa com Alzheimer que você cuida é que sejam músicas que o doente goste e que possuam uma ligação emocional positiva com ele. A música ligada a emoção pode estimular boas memórias e dar sensação de prazer.
Dê preferência para músicas tranquilas. Evite músicas agressivas, muito altas e com mensagens negativas.
Vale lembrar que a música não previne o Alzheimer. Ela atua no tratamento, como uma ferramenta que junto ao tratamento farmacológico pode ajudar a retardar o avanço da doença e manter as capacidades cognitivas da pessoa por mais tempo.
Segundo um trabalho feito no Hospital Universitário de Montpellier, na França, a musicoterapia tem um impacto positivo entre pessoas que sofrem Alzheimer. Segundo o estudo, a música ajuda a retardar as perdas cognitivas, sensoriais, emocionais, comportamentais e sociais causadas pela doença.
Conheça o projeto “Músicas para sempre”
O “Músicas para sempre” é um projeto incrível que visa manter as memórias de pacientes de Alzheimer por mais tempo através da música.
O projeto conta com músicos voluntários que criam canções totalmente personalizadas para os doentes de Alzheimer. E tem mais: as canções são cantadas com os doentes e até por eles!
De acordo com o site oficial do projeto, “a campanha #musicasparasempre quer conectar famílias, pacientes e músicos voluntários para transformar em canção os momentos marcantes da vida dos pacientes. Uma forma de preservar, pelo maior tempo possível, a memória afetiva deles.”
Em geral, nas canções estão contidos acontecimentos marcantes das trajetórias de vidas dos doentes, de forma a estimular suas memórias.
Para conhecer melhor o projeto e enviar a sua história clique aqui!
Para se inspirar
No filme “O poder da música” a personagem principal tem a Doença de Alzheimer há 10 anos e mostra o que o contato de um doente com Alzheimer e a música pode provocar! Vale a pena assistir e se comover!
Como sabemos, além da música, existem diversas outras atitudes que podem ajudar a retardar o avanço da doença. Na Plataforma de Ensino Online do Alzheimer360 você vai aprender quais são essas atitudes, como elas atuam na pessoa com Alzheimer e dicas de como colocá-las na prática! Clique aqui e cadastre-se!
olá, tudo bem? escrevi um livro em que o protagonista se envolve com a musicoterapia… Quem quiser conferir, por favor, acesse:
https://claudiaisadora.wordpress.com/2017/10/27/novo-livro-da-anestesia-as-cancoes/
obrigada
Estou me escrevendo para conhecer essas técnicas e, talvez, usá-lo em um trabalho voluntário com idosas. Obrigada.