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Alzheimer pode estar associado a problemas no metabolismo
- 27 de novembro de 2017
- Posted by: Alzheimer360
- Category: Estudos
A ciência segue avançando e novos estudos mostram outras possibilidades para as origens do Alzheimer!
O estudo recente que vamos falar aqui hoje faz uma relação entre o Alzheimer em sua forma tardia (que é basicamente quando a doença se manifesta na terceira idade, diferente dos casos de Alzheimer precoce) e a forma com que o corpo produz energia!
O estudo foi publicado no “Scientific Reports”, foi liderado pelos pesquisadores da Harvard Medical School e do McLean Hospital, nos Estados Unidos.
O que os cientistas pensaram ?
Os cientistas pensaram o seguinte: partindo do princípio de que o Alzheimer é bem mais comum na terceira idade, justamente no período em que acontecem várias mudanças no metabolismo, os dois fatores podem estar associados. Além disso, no raciocínio foi considerado um fato importante: o cérebro é o órgão que mais demanda energia no corpo.
Para testar essa hipótese, os cientistas analisaram células da pele de pessoas com Alzheimer tardio. Eles descobriram que essas células tinham uma disfunção nas mitocôndrias, que são organelas celulares fundamentais para a produção de energia.
Os cientistas observaram uma redução nas moléculas que são importantes na produção de energia, como o dinucleótido de nicotinamida adenina (NDA).
Como foi feito o estudo?
Na pesquisa, os cientistas analisaram e compararam as células da pele de pacientes com Alzheimer e de pessoas saudáveis, em função da idade e da doença.
Os pesquisadores analisaram os dois principais componentes que produzem energia nas células: a glicólise (que é basicamente o mecanismo para converter a glicose em moléculas de combustível para as mitocôndrias consumirem) e a queima desses combustíveis, que precisa de oxigênio para acontecer, em um processo que chama respiração mitocondrial.
O que foi encontrado?
Nas células das pessoas com Alzheimer foram encontradas alterações no metabolismo das mitocôndrias e alguns problemas no processo de produção de energia na glicólise (problemas em aumentar a captação de glicose em resposta ao IGF-1, substância semelhante à insulina).
Os cientistas também viram que, como as células nervosas do cérebro dependem da energia derivada das mitocôndrias para funcionar perfeitamente, problemas nas mitocôndrias podem, sim, ser muito prejudiciais para o cérebro.
Aos poucos, a ciência vai encontrando caminhos para compreender e tratar o Alzheimer. O ideal é que a população esteja ciente e consciente desses estudos e dos caminhos que vão sendo abertos para os tratamentos. Na palestra “O tratamento da doença de Alzheimer – muito além do remédio” ministrada pelo Dr. Paulo Bertolucci na Plataforma de Ensino Online do Alzheimer360 você irá conhecer as informações científicas aplicáveis mais recente sobre o tratamento de Alzheimer. Clique aqui e acesse a Plataforma!