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Alois Alzheimer: Conheça a história do médico que descobriu a doença de Alzheimer
- 17 de maio de 2017
- Posted by: Alzheimer360
- Category: Arte e Cultura
Se hoje temos consciência da existência da doença de Alzheimer e podemos falar sobre ela, sobre a prevenção e o tratamento, é graças ao primeiro passo que foi dado por Alois Alzheimer, médico psiquiatra que descobriu a doença e escreveu sobre ela pela primeira vez na história.
Se falamos tanto dos avanços dos estudos sobre Alzheimer hoje e do que falta ser descoberto, é importante conhecer o que veio antes, e contar a história desse médico que deu um passo tão importante para a ciência.
Onde e como tudo começou
Em uma cidade pequena da Alemanha, Marktbreit, nasceu Alois Alzheimer, no dia 14 de junho de 1864.
Duas semanas depois, ele foi batizado na casa do seu pai. Inclusive, essa mesma casa foi restaurada em 1995 e transformada em um museu e um importante centro de convenções internacional.
A infância de Alois foi tranquila, com 5 irmãos. Em 1874, Alois, até então um menino, foi morar em Aschaffenburg com seu tio e concluiu o ensino médio lá.
Na escola, ele já se destacava quando o assunto era ciência! Em sua avaliação final (1883) veio o registro: “Este candidato demonstrou conhecimento excepcional em ciências naturais, assunto pelo qual mostrou particular preferência durante seus anos de estudo”.
Assim que terminou o ensino médio, um baque: sua mãe faleceu.
Era uma espécie de tradição em sua família se interessar em ajudar outros seres humanos (muitos escolhiam ser professores ou padres), então, após a morte da sua mãe, Alois decidiu se dedicar à medicina. O menino viu a oportunidade de mesclar seus dois principais interesses: ciências naturais e pessoas.
Alois Alzheimer psiquiatra
Alois decidiu se mudar para Berlim e fazer a faculdade lá. Ele fez o curso na Universidade Real de Friedrich Wilhelm, em 1883, e no segundo ano de faculdade, Alois foi morar em Würzburg, que era mais perto de sua casa.
Uma curiosidade: Nessa época da faculdade, ele praticava esgrima. O esporte era uma grande paixão! Até que um dia ele levou um ferimento sério no rosto e ficou com uma cicatriz grande e profunda.
A partir desse dia, abandonou a esgrima. Por conta disso, o médico não gostava de ter fotografias que mostrassem seu lado direito.
Em 1886, Alois resolveu fazer um curso mais avançado na Universidade de Tübingen, e em 1888 ele entrou para o Conselho de Medicina de Würzburg. Nesse mesmo ano, introduziu o uso do microscópio na psiquiatria, pois ele queria investigar a influência biológica nas doenças mentais.
Aos 24 anos, o jovem médico entrou para a equipe médica do Hospital Psiquiátrico de Frankfurt, um dos maiores hospitais desse tipo da Alemanha. Conhecido na época como “Castelo dos loucos”, só aceitava os casos mais graves de doença mental.
Junto com dois grandes médicos, Alois transformou por completo a forma de cuidado com os pacientes. Eles eliminaram os métodos cruéis e substituíram por um cuidado muito maior com os doentes.
O primeiro caso da Doença de Alzheimer
Em 1901, uma paciente diferente chegou no hospital, que mexeu com a cabeça do jovem médico.
A paciente Auguste Deter tinha 51 anos e chegou ao hospital acompanhada do marido, que trazia consigo várias queixas.
Segundo o marido, o humor de Auguste estava oscilando entre a melancolia e o contentamento. Ela não lembrava do próprio nome e esquecia o ano em que nasceu. Ao mesmo tempo, lembrava-se que tinha uma filha que morava ali perto e que tinha se casado em Berlim. Não lembrava-se do nome do seu marido, nem do hospital, e nem sabia há quanto tempo estava ali.
Alois, nessa época, era o responsável pelo Hospital Psiquiátrico Frankfurt. Quem atendeu o caso de Auguste foi o seu assistente, o médico Nitsch, que sem compreender o que a paciente tinha, recorreu a Alois.
Alois ficou fascinado, já nos primeiros contatos com Auguste. Estava tentando compreender como aconteciam tantas incoerências ao mesmo tempo: lembrar-se de coisas antigas e esquecer recentes, humor oscilante e comportamento também.
O exame geral de Auguste demonstrou que ela era saudável, e o neurológico mostrou que, apesar de pequenas anomalias, estava tudo bem também.
Afinal, o que tinha Auguste?
Essa pergunta rodeou a cabeça do médico durante anos! Alois já tinha visto casos de pacientes com sintomas parecidos e que foram diagnosticados com demência senil, por serem todos mais velhos. Mas, Auguste tinha 51 anos e isso era intrigante.
O marido de Auguste disse que ela sempre teve ótima saúde, trabalhava muito, nunca tinha tido nenhuma doença infecciosa mais séria e nem bebia.
Além disso, os lapsos de memória começaram a aparecer de um dia para o outro e ela começou a mentir para disfarçar a confusão mental que estava sentindo.
Começou a ter dificuldades em cozinhar, que era uma atividade habitual para ela e começou a perambular sem rumo pela casa. Quando sua doença avançou um pouco mais, ela começou a esconder objetos distintos, de forma que não fazia sentido para o marido e deixava sua casa um caos.
Depois de um ano internada, mesmo sem tomar café e chás e seguindo todas as orientações, Auguste estava sempre agitada e ansiosa. Durante a noite, ela saía de sua cama e ia perturbar outros pacientes do hospital.Comunicar-se com ela estava cada vez mais difícil para os médicos.
Ela perdeu o apetite, chorava muito sem motivo aparente e, segundo anotações do próprio Alzheimer, ela ficou violenta quando o médico tentou fazer a ausculta, que é a escuta dos sons internos do corpo, geralmente é feita com um estetoscópio.
As anotações das observações de Alois Alzheimer em relação a Auguste descrevem a progressão da doença de uma forma bem parecida com o que conhecemos hoje como os estágios do Alzheimer.
As análises
Em 1906, Auguste faleceu com pneumonia, e Alzheimer pôde estudar seu cérebro e compreender melhor o que acontecia com aquela paciente tão intrigante.
Com o estudo do cérebro, Alzheimer chegou a conclusão de que o cérebro de Auguste tinha muitas semelhanças com o de um idoso com demência senil. Além disso, notou a presença de alguns “depósitos” que lembravam placas esféricas em todo o cérebro (hoje, sabemos que são as placas beta-amilóides).
Depois dessa descoberta, Alzheimer foi ao 37º Congresso de Psiquiatria do Sudoeste da Alemanha, em 1906, expor o caso de Auguste Deter à comunidade científica. Quando acabou a sua apresentação ninguém fez nenhuma pergunta sobre o assunto, ignorando a importância e a grandiosidade da descoberta para a época. O médico, então, saiu do congresso extremamente decepcionado.
No ano seguinte, em 1907, apareceram no hospital que Alzheimer trabalhava 3 pacientes com os mesmos sintomas de Auguste, e de fato, todas as análises confirmavam as hipóteses de Alois Alzheimer: existia uma doença neurodegenerativa, que danificava algumas partes do cérebro, era progressiva e causava esses sintomas.
Em 1909, Alzheimer publicou as descobertas e os dados desses 4 pacientes em um periódico médico, e um ano depois, o termo “doença de Alzheimer” apareceu pela primeira vez.
Aos 51 anos, Alzheimer faleceu de uma doença renal. Mas, felizmente ainda em vida, ele teve reconhecimento mundial da comunidade científica, apesar da falta de interesse inicial que tiveram em sua descoberta.
Alois Alzheimer é classificado pelo Dr. Judes Poirier, autor do livro “Doença de Alzheimer: O Guia Completo”, como “um cientista com coração”. E ele foi mesmo. A preocupação com o outro, com as relações sociais e a compreensão do sofrimento alheio foram combustíveis essenciais para que esse médico chegasse a descoberta da Doença de Alzheimer.
Hoje, os estudos estão ainda em desenvolvimento e faltam muitas coisas a serem descobertas sobre essa doença, como a cura, por exemplo. Mas, vários órgãos, instituições e cientistas se dedicam hoje a compreender a doença e avançar a ciência nesse sentido.
O importante é que as pessoas procurem se informar sempre sobre esses avanços e se dediquem a conhecer melhor a doença, principalmente os cuidadores, que devem ter sede de informação. Afinal, só assim o cuidado vai ser feito da melhor forma possível.
É importante que o cuidador tenha informações detalhadas sobre a doença de Alzheimer,do processo da doença, os estágios, o que acontece no cérebro, quais são as mudanças de comportamento sofridas, o que podemos fazer para evitar e retardar o avanço dos sintomas… São assuntos extremamente necessários para criar uma rotina de cuidado que realmente transforme a vida do doente e o faça mais feliz. A plataforma de ensino online do Alzheimer360 vai ajudar nessa missão! A plataforma vai te ajudar a aprender tudo o que você precisa saber para cuidar de uma pessoa com Alzheimer.
Leiam este texto deslumbrante a respeito do médico o que descobriu o ALZHEIMER porque nós enriquece ter o conhecimento de quais sintomas nos levam a repensar e preocuparmos com esses sinais de denúncia não só nos idosos mas também em pessoas mais jovens.
Minha mãe com 84 anos tem alzheimer e, gostaria de saber como cuidar,
Minha mãe a dois anos sofre com esta doença qui a cada dia piora da pena de ver a pessoa não lembra de nada vive triste doi no coração de ver ela assim mas cuido dela com carinho pois a amo muito .
É muito bom saber, que existe uma plataforma que está constantemente nos informando a respeito dessa doença e os cuidados que nós devemos ter com nossos familiares, amigos ou até mesmo as pessoas que não conhecemos.É um ser humano e merece nosso respeito e carinho, mesmo não sendo o nosso parente ou nosso amigo. Quanto mais informação soubermos sobre o ALZHEIMER melhor, para cuidarmos com amor das pessoas que amamos.
A minha amada mãe foi diagnosticada com alzahime em 2009 a partir dai o seu comportamento começou a oscilar entre calma e agressividade,foi perdendo o movimento das pernas.e dos braços, perdendo a fala,a restrição a agua e alimentos aumentaram,para dormir usava calmantes ,os problemas pulmonares e cardíacos apareceram enfim agora no dia 5/11/18 as 5;15 da manhã depois de eu dá um banho morno nela ela morre em meus braços na sua cama e no seu quarto foram dias,meses e anos muito turbulentos, que a ciência possa encontrar um meio para cessar CPM essa doença terrível!
Minha mãe teve Alzheimer,o remédio é,AMOR
Carinho e paciência,