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5 dicas para lidar com o comportamento sexual inadequado da pessoa com Alzheimer
- 11 de maio de 2018
- Posted by: Alzheimer360
- Category: Dicas e Cuidados
Se você cuida de uma pessoa com Alzheimer e está se deparando com algum comportamento sexual, não se assuste: provavelmente se trata de um tipo de distúrbios de comportamento que podem acontecer no Alzheimer.
O comportamentos mais comuns são: a masturbação, mostrar os genitais e tirar a roupa em público. Existem formas de lidar com isso e hoje trouxemos 5 dicas para te ajudar nesse processo.
1) Aja com naturalidade, não com agressividade
Entenda que a pessoa com Alzheimer tem um comportamento sem malícia, inocente. Isso se soma ao fato de que devido a doença ela perde o senso de julgamento, de pudor e de crítica. Ou seja, o doente realmente acredita que não tem problema nenhum tirar a roupa em público e reações agressivas podem assustá-lo e deixá-lo inseguro e triste.
Ao invés de reagir de forma agressiva, mantenha a naturalidade, ajude-o a se vestir ou leve-o para outro lugar, explicando calmamente que ali não é o melhor local para tirar a roupa, que ele deve fazer isso no banheiro, por exemplo.
Não se preocupe com o que os outros estão pensando sobre o seu pai tirar a roupa em público. Se alguém zombar ou for rude, conscientize essa pessoa de que se trata de uma pessoa com Alzheimer e que ela deve agir respeitosamente. Apenas lembre-se de que ele está agindo sem malícia buscando seu bem estar e reações não agressivas tendem a apresentar melhores resultados.
2) Veja se o comportamento sexual está ligado a alguma necessidade natural do doente
O comportamento sexual pode ter ligação com uma necessidade natural da pessoa com Alzheimer. Por exemplo, um doente pode manipular seus genitais porque está sentindo coceira ou irritação. Ele pode tirar a calça em público porque ela está apertada, ele está com calor ou simplesmente quer ir ao banheiro.
Portanto, a primeira coisa que deve ser feita pelo cuidador é analisar se o comportamento sexual tem a ver com necessidades naturais. O clima está agradável? O doente está vestido de acordo? Ele foi ao banheiro recentemente? A higiene íntima tem sido feita? A roupa parece estar apertada? Todas essas questões podem influenciar.
3) Observe se a necessidade de se tocar tem relação com a necessidade de afeto
A masturbação pode estar relacionada à carência afetiva ligada ao toque. Em outras palavras, pode ser que o doente esteja com necessidade de contato físico!
Nesses casos, basta o cuidador aumentar o contato físico com carinhos, abraços e afagos que o comportamento sexual será minimizado, afinal, a necessidade diminuirá.
Lembre-se de algo que sempre fazemos questão de repetir aqui no Alzheimer360: o afeto e o carinho é a base do bom cuidado!
4) Distraia o doente para outro foco
Às vezes, o doente já até acostumou a ficar com às mãos nos genitais e pode fazer isso por reflexo condicionado.
Nesses casos e em outros de recorrência você distraí-lo com algo que ele goste e precise ocupar as mãos. Pode convidá-lo para uma pintura a guache com você, para fazer colagens, para mexerem no jardim… enfim, qualquer ocupação que ele precise utilizar as mãos e que provoque prazer para o doente.
Se a atividade escolhida envolver a possibilidade de expressão pessoal, melhor ainda! Por exemplo, se forem fazer pintura a guache, pergunte à pessoa o que ela está pintando, o que aquilo significa para ela… deixa ela se expressar livremente.
Se for na hora do banho você pode distrair a pessoa levando um objeto interessante para o chuveiro, que mantenha a atenção do doente nesse foco.
5) Procure o médico
Se nenhuma das alternativas anteriores funcionarem você pode procurar um médico. Lembre-se de que no caso da masturbação, o ato em si não provoca malefícios para o doente. A complicação maior pode ocorrer devido a episódios repetitivos ou em público que provoquem constrangimento para às pessoas envolvidas e episódios em que envolvam crianças presentes no local, por exemplo.
Se isso acontecer (uma criança ver a pessoa com Alzheimer se tocando, por exemplo), o cuidador e a família deve ter uma reação controlada. Se o cuidador se assustar e for muito ríspido ele poderá assustar tambem a pessoa com Alzheimer e a criança! Isso pode prejudicar a criança que pode ancorar esse episódio em sua mente e acarretar em traumas que poderão atrapalhar o desenvolvimento da personalidade dela.
Quando nenhuma estratégia funciona, você pode procurar o médico (psiquiatra é o mais indicado) e ele irá indicar medicações para controlar os episódios.
O mais importante é que o cuidador esteja sempre bem informado sobre a doença, afinal, os sintomas e os distúrbios de comportamento comuns na doença de Alzheimer vão mudando com a evolução da doença e o cuidador saberá como agir se estiver bem informado. Você pode se cadastrar na Plataforma de Ensino Online do Alzheimer360 e assistir aos vídeos de especialistas em Alzheimer ensinando dicas práticas para o cuidado do doente. Clique aqui e conheça!
Realmente esta doença e muito ingrata ela vai tirando tudo da gente devagar e sem perceber agente vai esquecendo das melhores coisas que aconteceu em sua vida …Sem perceber esquecemos de nossos famílias trabalho e todos os nossos afazeres do dia a dia e da nossas alegrias e das melhores coisas. Até de viver eu sempre digo que é uma doença en grata e muito triste vc ver as coisas acontecendo e não poder fazer nada? Só mesmo dar todo ou cuidado é nosso amor é carinho ..sou Terezinha Oliveira Cuidadora.. portanto si alguém tiver alguma geito que possa nós ajudar a ser melhor e poder cuidar casa dia mais melhor dos nossos pacientes ficou muito agradecida? Obrigada
Muito útil, essas dicas😍😘
Minha mãe está na primeira fase da doença de alzaime