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Dois novos estudos promissores para o tratamento da Doença de Alzheimer
- 15 de dezembro de 2017
- Posted by: Alzheimer360
- Category: Sem categoria
A cura do Alzheimer ainda é desconhecida pela ciência.Porém, cada vez mais os pesquisadores buscam tratamentos mais eficientes para que o doente tenha mais qualidade de vida e autonomia.
Dois tratamentos promissores foram publicados recentemente nas revistas científicas “Nature” e na “Science Advances”, duas das mais importantes do mundo no assunto.
Primeiro estudo: Tratamento com alteração no metabolismo
No estudo publicado na revista Nature, os cientistas modificaram o metabolismo de algumas células para impedir a formação da placa beta-amiloide, que é um dos biomarcadores da doença de Alzheimer. As placas beta-amilóide impedem que neurônios enviem informações uns para os outros, provocando sintomas como problemas de memória.
Para frear a produção da proteína responsável pela criação das placas beta-amilóide, os pesquisadores fizeram alterações nas mitocôndrias (essencial para a produção de energia no corpo).
O experimento foi feito em cobaias, e os pesquisadores descobriram que, quando fortaleceram a defesa das mitocôndrias através da ativação de uma proteína chamada UPRmt, a formação das placas beta-amilóides diminuiu drasticamente!
Os cientistas usaram 2 substâncias (um antibiótico e “a NR”, um tipo de vitamina) capazes de “ligar” a proteína nos ratinhos com Alzheimer.
Os pesquisadores notaram que naqueles ratos tratados, a espessura da placa foi muito reduzida se comparada a dos outros ratinhos que não receberam a medicação.
A ligação entre o Alzheimer e as mitocôndrias não é nova para a ciência, mas o que pode ser feito através delas para o tratamento é um avanço significativo nas pesquisas sobre Alzheimer.
Agora os cientistas irão para o próximo passo, que é de avaliar a eficiência da medicação em humanos e ver como funciona o tratamento a longo prazo.
Segundo estudo: Tratamento com terapia genética
O tratamento publicado na revista “Science Advances” sugere que seja usada uma terapia genética.
Terapia genética nada mais é do que quando os cientistas tentam curar ou tratar para diminuir os sintomas através da alteração de genes.
No caso desse estudo, os pesquisadores sugeriram que seja feito um transplante de células modificadas nos doentes de Alzheimer. As do sistema imunológico que seriam as células alteradas, ficando mais fortes para enfrentar o Alzheimer.
A principal contribuição do estudo é sobre a técnica proposta para fazer isso: até então as células seriam transplantadas para a pessoa com Alzheimer através da corrente sanguínea. O problema que os cientistas encontravam é que muitas dessas células não conseguem chegar até o cérebro. Os pesquisadores desse estudo sugeriram que sejam utilizadas estruturas chamadas ventrículos cerebrais para o transplante, porque os ventrículos cerebrais proporcionam a conexão entre as regiões do cérebro.
Os dois estudos são avanços importantes para o desenvolvimento de tratamentos mais eficientes para as pessoas com Alzheimer. Vale lembrar que não são só os medicamentos que fazem parte do tratamento da doença: estímulos cognitivos, sociais, físicos e alimentação adequada também fazem parte de um tratamento não-farmacológico eficiente (isto é, a parte do tratamento que não usa remédios). Na Plataforma de Ensino Online do Alzheimer360 você irá encontrar dicas de especialistas em Alzheimer sobre todos esses aspectos não-farmacológicos do tratamento. Clique aqui e cadastre-se.
Voces tem algum conhecimento sobre o tratamento do protocolo do Dr. Bredesen? Nos Estados Unidos , o medico americano que estuda o Alzheimers por 30 anos , desenvolveu um estudo com o protocolo que reverteu a condição em pacientes em fases inicias e não muito avançadas . Por que isso não esta divulgado no Brasil? Ele recentemente lançou o livro “the cure of Alzheimer’s “.