Sobrinha faz sessão de fotos emocionante mostrando os detalhes da rotina da tia com Alzheimer

A quantidade de pessoas que usam da arte para eternizar seus familiares com Alzheimer, emocionar e conscientizar a população sobre a doença tem crescido muito!

Levando em consideração que o Alzheimer é uma doença que atinge 35,6 milhões de pessoas hoje (segundo os dados da OMS), e a estimativa é que esse número dobre a cada 20 anos. Ou seja, conscientização é a palavra de ordem! Afinal, falar sobre o Alzheimer é de interesse geral!

A arte é uma forma incrível de fazer isso! A emoção no olhar do doente captada pelas lentes do fotógrafo faz com que seja impossível não pensar no assunto de uma forma humanizada.

Pensando nisso, a fotógrafa Suzan Falzone decidiu usar seu dom da fotografia para registrar a rotina da sua tia Grace, portadora da doença de Alzheimer.

O intuito da fotógrafa era documentar o dia a dia de uma pessoa que precisa enfrentar diversas dificuldades para realizar ações simples, diariamente.

Se é uma tarefa fácil fotografar uma pessoa que amamos com a doença de Alzheimer? Suzan garante que não é simples! Em entrevista ao portal Feature Shoot, ela afirmou: “Como fotógrafa, é maravilhoso ter a intimidade e nível de conforto dos seus assuntos quando se trabalha com a família, mas é impossível se concentrar apenas no trabalho. Quando estou com a tia Grace, eu sou, primeiro, um membro da família a cuidá-la, e, de seguida, uma fotógrafa. É preciso trabalhar duro para fazer as duas coisas bem”

Um dos objetivos da fotógrafa era preservar a independência de sua tia pelo máximo de tempo possível. Isso é, inclusive, uma das coisas mais importantes que o cuidador deve se atentar e tentar preservar o máximo possível! Para ajudar os cuidadores, a psicóloga Raquel Ribeiro, parceira do Alzheimer360, dá algumas dicas de como fazer isso em seu vídeo na plataforma do Alzheimer360, usando exemplos de como ela trabalhava com sua paciente. Para quem cuida de alguém com Alzheimer, vale a pena conferir e implantar essas técnicas.

Na sessão de fotos, a escolha pela utilização de sombras e cores frias em contraste com as flores e objetos de cores vivas provocam um conflito de sentimentos em quem vê as imagens. Esse contraste é explicado pela fotógrafa Suzan:

“Eu acho que trago um sentimento da tia Grace tentando recriar seu passado. Proporciono o movimento. Para muitas das fotos, eu vou levá-la à praia ou uma simples loja. Eu faço isso para ligar e dar-lhe a chance de ser alguém fora de casa, o que ela não faz com frequência. Então, eu acho que é a minha tentativa de trazer um pouco de felicidade e mudar a sua vida diária”

O resultado dessa sessão de fotos? Um panorama incrível e emocionante da rotina de uma pessoa com Alzheimer!