Níveis de Ferro no Cérebro podem Prever Alzheimer até 7 Anos Mais Cedo
- 30 de janeiro de 2017
- Posted by: Alzheimer360
- Category: Prevenção e Tratamento
Em todo o mundo, os cientistas buscam dia após dia diferentes formas de identificar o Alzheimer mais cedo. O diagnóstico precoce pode fazer a diferença na vida de quem tem a doença, com a possibilidade de iniciar o tratamento mais cedo e ter mais qualidade de vida, por mais tempo. A boa notícia de hoje fala sobre a relação entre os níveis de ferro no cérebro e a Doença de Alzheimer, que pode ajudar na identificação do problema.
O estudo foi feito pelos cientistas do Florey Institute of Neuroscience & Mental Health, da Universidade de Melbourne, na Austrália. Segundo o Dr. Ashley I. Bush, pesquisador principal da descoberta, o nível alto de ferro no cérebro é responsável por causar o chamado estresse oxidativo, que danifica os neurônios. Agora, eles conseguiram entender como esses níveis estão ligados á progressão do Alzheimer.
Como a pesquisa chegou às conclusões
Na pesquisa, foram analisados os níveis de diferentes substâncias no cérebro, como a proteína beta-amiloide, a proteína tau e a ferritina. Os pacientes também passaram por testes para avaliar suas capacidades cognitivas. A conclusão dos cientistas foi que aqueles que tinham níveis mais altos de ferro no cérebro, apresentavam um risco maior de declínio cognitivo.
Para os estudiosos, isso comprova que esses níveis podem ser usados como um biomarcador, ou seja, um sinal que prevê o declínio antes que ele chegue. As conclusões foram ainda melhores para o caso de quem tem tendência genética ao Alzheimer. A análise dessas pessoas mostrou que os altos níveis de ferro era capazes de indicar o início da progressão da doença nos 7 anos seguintes.
Além disso, reduzir os níveis pode ser uma boa alternativa de terapia, conforme diz o Dr. Bush: “A medição do ferro do cérebro pode ser usada para prever a progressão da doença, e a redução dos níveis de ferro no cérebro pode se apresentar como um novo alvo terapêutico para retardar o processo”. O estudo foi publicado no período científico JAMA Neurology e agora segue para novas fases de testes.
Qual exame mede o nível de ferro no cérebro?